Tiririca “leu e escreveu” durante a prova, anunciou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, provou que não é analfabeto e cumpriu assim o requisito para exercer o seu mandato de deputado federal.
O resultado da prova foi divulgado pelo presidente do TRE, Walter de Almeida Guilherme, que garantiu que o deputado eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, conhecido por Tiririca, “leu e escreveu”. Não foram feitos mais comentários sobre a prova, mas ficou confirmada a declaração de escolaridade que tinha sido apresentada.
Tiririca tinha sido acusado pelo Ministério Público de ter prestado declarações falsas sobra a sua escolaridade. Se fosse analfabeto não poderia candidatar-se ao cargo para o qual foi eleito, mas apesar de haver dúvidas sobre a sua capacidade para ler e escrever, foi escolhido por 1,3 milhões de eleitores nas eleições de 3 de Outubro, às quais concorreu pelo Partido Republicano.
A prova consistiu na leitura do título e subtítulo de duas páginas de um jornal de São Paulo e de uma reportagem sobre o antigo piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna, que morreu num acidente durante uma prova em 1994.
Tiririca fez também um ditado de um excerto do livro”Justiça Eleitoral, uma retrospectiva”, editado pelo tribunal, adiantou o diário “Folha de São Paulo”, e teve de interpretar os textos que leu e escreveu.
“Não se constatou nada que pudesse indeferir o registo da sua candidatura, por isso o registo foi considerado legítimo”, adiantou Walter de Almeida Guilherme. O exame foi feito à porta fechada, Tiririca chegou pelas 9h00 e não prestou declarações. A decisão sobre o teste será agora tomada pelo juiz Aloísio Silveira, encarregue do caso.